é tanto, é muito, até pode ser demais.

Guardo apenas a tua fotografia, e uma saudade bonita.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

AFFAIR!

- Agarras-me com tanta força.
- Tenho medo da tua despedida!
Normalmente tudo começa entre quatro paredes, com um beijo, á  média luz, e num cenário perfeto, onde cada hora tem o seu encanto diferente, cada passo conduz a um êxtase,e a alma cobre-se de um luxo cheio de luz e de sensações!
Nao te quero por completo, nem tu a mim, deixas-me imóvel, e eu deixo-te deslocado quando me ves.
Tornamos real, aquilo que durante meses e meses fazemos fantasia.
O amor, começa num quarto, mas nao é amor o que sentimos um pelo outro.
Hoje fiquei acordada á tua espera, o meu telefone tocou, levantei-me apressada, vesti um casaco
e desci as escadas, com tanto frio que estava, entrei no carro e aconcheguei-me a ti.
Fumava um cigarro, enquanto nos lembrava-mos de todos os desvaneios por que passámos, todos os desejos que partilhamos.
Podia ouvir-te á distancia, que conhecia perfeitamente o tom da tua voz.
Estremeço por dentro, passas a tua mao pelo meu corpo, eu nao me mexo, para que nao me sintas a tremer.
E acordo no dia seguinte com o sabor da tua boca na minha, e ainda sinto as tuas maos a percorrerem
o meu corpo frio, distante do teu.
Nao conheco os teus passos, nem tu conheces os meus, conhece-mos ambos os gostos um do outro, e isso
basta. Nao sei o que faz mover o teu coracao, nao sei por onde andas, o que pensas, a quem te dás, e
quem te quer e tu nao te ofereces, nao sei nada sobre ti, sei apenas que me queres tanto como eu a ti.
Gosto! Gosto quando me telefonas, e falas baixinho, quando me mandas mensagens neste jogo de ternura
que nao me dá tréguas. Gosto da tua insconsciencia juvenil com quem abriste caminho em mim, gosto
da forma como sorris tao perto de mim, e me beijas em seguida. Tiveste coragem para entrar na minha
vida de uma forma descontraida. Temos um amor descarado, sem final á espreita, e o tempo como dizem
nao apaga tudo, apenas apaga o que nós queremos, e nós nao estamos interessados em rasurar esta
folha que nos leva ao fim do mundo, mesmo achando que se deixarmos, conseguimos seguir em frente.
Eu deitada, despida no teu carro, tu extasiado, despedi e reconfortado em mim, e nada muda, há-se ser
sempre assim.